sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Torne-se um peixe...



Não sei você, mas eu aprecio demais saborear um peixe. É uma carne leve, saborosa e que faz um bem tremendo à saúde. Fora o preço, não há nada nele que o desabone em nossos cardápios. 

Contudo, existe uma curiosidade interessante sobre o peixe de agua salgada. Muito embora viva no mar, envolto ao sal, sua carne é completamente insossa. É preciso por sal a gosto após sua preparação para saboreá-lo. Que interessante!
Isso ocorre devido ao fato que, muito embora seu habitat seja o mar, suas escamas funcionam como filtro. Absorvem apenas a agua e expelem o sal. Meu querido irmão, eu e você precisamos ser como peixes. Infelizmente vivemos em tempos em muitos de nós temos absorvido tudo o que está a nossa volta. Por consequência disso vemos um evangelho “ao gosto do freguês”, que se molda a todo o estilo e gosto.


Por isso gosto do exemplo de uma galerinha legal da época de Daniel: Azarias, Misael, Hananias e o próprio Daniel. Estavam inseridos numa cultura diferente. Receberiam um treinamento especial para servir ao rei no palácio. Além de aulas culturais, fora oferecido a eles o melhor daquilo que havia na mesa do rei. 


Aqueles jovens estavam necessariamente inseridos num meio totalmente diferente, e precisavam se adaptar a nova realidade, até porque eram cativos. Porém eles sabiam que os pratos preparados ali eram oferecidos a “deuses estranhos”; por isso decidiram não se contaminar com aquilo. 

Podemos conhecer culturas diferentes, estilos musicais, filosofias e ciências diversas. Podemos nos relacionar com pessoas que não professam a fé em Cristo. E isso é bom, até mesmo para conhecermos o contexto em que estamos inseridos. De fato, não fomos chamados para buscar o isolamento com o pretexto de “ser diferente”. 

Entretanto, precisamos conhecer bem o que somos e a que Deus servimos. O lastimável é que percebemos, nos dias de hoje, jovens e adultos cristãos que foram contaminados, ao invés de influenciar. Foram ofuscados ao invés de ofuscar. Tudo porque não eram como um peixe. Absorveram tudo o que estava a sua volta. No fim das contas não fizeram diferença alguma. 

Olhe a declaração de Paulo: 

Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. I Coríntios 9:22 

Sei que não é fácil. E esse deve ser um dos maiores desafios de nossa juventude cristã nos tempos atuais. Contudo não é impossível. Precisamos entender que “estamos no mundo, mas não somos dele” João 15:19. 

Voltando ao peixe, o nome desse processo citado no início é osmose. Além de não salgar sua carne devido a isso, o peixe também não morre desidratado mesmo em meio ao excesso de sal, porque nesse processo seu corpo também consegue hidratar-se com a agua e repelir o sal. 

Amados, precisamos repelir tudo de mal que o mundo nos oferece. Estar no mundo não quer dizer que somos Dele. Contudo não podemos fugir da realidade. Precisamos tomar Cristo como nossa “fonte de água viva”; permitindo que a cada dia Ele nos “hidrate” ou seja, supra nossas necessidades e nos fortaleza em meio a um mundo tão tenebroso. 

Não se engane. Viver de acordo com o mundo é morrer desidratado. Mais cedo ou mais tarde você vai se dar conta disso. Seja como um peixinho... 

Busque a Cristo. Viva Nele. Alimente-se só Dele. Faça a diferença. Não se contamine. 

Que Deus assim nos ajude, 

Autor: Marcello Matias, pastor.

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