quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O preço de um milagre.

Uma garotinha esperta de apenas seis anos de idade, ouviu seus pais conversando sobre seu irmãozinho mais novo. Tudo que ela sabia era que o menino estava muito doente e que estavam completamente sem dinheiro.

Iriam se mudar para um apartamento num subúrbio, no próximo mês, porque seu pai não tinha recursos para pagar as contas do médico e o aluguel do apartamento. Somente uma intervenção cirúrgica muito cara poderia salvar o garoto, e não havia ninguém que pudesse emprestar-lhes dinheiro. 

A menina ouviu seu pai dizer a sua mãe chorosa, com um sussurro desesperado: "somente um milagre poderá salvá-lo."


Ela foi ao seu quarto e puxou o vidro de gelatina de seu esconderijo, no armário. Despejou todo o dinheiro que tinha no chão e contou-o cuidadosamente, três vezes. O total tinha que estar exato. Não havia margem de erro. Colocou as moedas de volta no vidro com cuidado e fechou a tampa. Saiu devagarinho pela porta dos fundos e andou cinco quarteirões até chegar à farmácia. 

Esperou pacientemente que o farmacêutico a visse e lhe desse atenção, mas ele estava muito ocupado no momento. Ela, então, esfregou os pés no chão para fazer barulho, e nada!
Limpou a garganta com o som mais alto que pôde, mas nem assim foi notada. Por fim, pegou uma moeda e bateu no vidro da porta. Finalmente foi atendida! 

"O que você quer?" perguntou o farmacêutico com  voz aborrecida. "estou conversando com meu irmão que chegou de Chicago e que não vejo há séculos", disse ele sem esperar resposta.

"Bem, eu quero lhe falar sobre meu irmão", respondeu a menina no mesmo tom aborrecido.  "Ele está realmente doente... E eu quero comprar um milagre." 

"Como?", balbuciou o farmacêutico admirado.  "Ele se chama Andrew e está com alguma coisa muito ruim crescendo dentro de sua cabeça e papai disse que só um milagre poderá salvá-lo. "E é por isso que eu estou aqui. Então, quanto custa um milagre?" 

"Não vendemos milagres aqui, garotinha. Desculpe, mas não posso ajudá-la", respondeu o farmacêutico, com um tom mais suave. 

"Escute, eu tenho o dinheiro para pagar. Se não for suficiente, conseguirei o resto. Por favor, diga-me quanto custa, insistiu a pequena. 

O irmão do farmacêutico era um homem gentil. Deu um passo à frente e perguntou à garota: "que tipo de milagre seu irmão precisa?" 

"Não sei", respondeu ela, levantando os olhos para ele. "Só sei que ele está muito mal e mamãe diz que precisa ser operado. Como papai não pode pagar, quero usar meu dinheiro." 

 "Quanto você tem?", perguntou o homem de Chicago. 

"Um dólar e onze centavos", respondeu a menina num sussurro.  "É tudo que tenho, mas posso conseguir mais se for preciso." 

"Puxa que coincidência" - sorriu o homem.  "Um dólar e onze centavos!!! Exatamente o preço de um milagre para irmãozinhos." 

O homem pegou o dinheiro com uma mão e, dando a outra mão à menina, disse:   "Leve-me até sua casa. Quero ver seu irmão e conhecer seus pais. Quero ver se tenho o tipo de milagre que você precisa." 

Aquele senhor gentil era um cirurgião, especializado em Neurocirurgia. A operação foi feita com sucesso e sem custos. 

Alguns meses depois Andrew estava em casa novamente, recuperado. A mãe e pai comentavam alegremente sobre a seqüência de acontecimentos ocorridos.

"A cirurgia", murmurou a mãe, "foi um milagre real. Gostaria de saber quanto custou!" 

A menina sorriu. Ela sabia exatamente quanto custa um milagre... Um dólar e onze centavos...  Mais a fé de uma garotinha... 

Não há situação, por pior que seja, que resista ao milagre do amor. Quando o amor entra em ação, tudo vence e tudo acalma. Onde o amor se apresenta, foge a dor, se afasta o sofrimento e o egoísmo bate em retirada. 


Autor Desconhecido

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