sábado, 22 de dezembro de 2012

O Jovem que tinha cinco pães e dois peixes.

O jovem que tinha cinco pães e dois peixes

Antes de falarmos cada evangelho apresenta Jesus distintamente sendo assim aos lermos cada passagem referente ao milagre da Multiplicação cada um teve um olhar específico sobre o mestre, sendo eles:


1.       Mateus nos apresenta o Rei (onde foi escrito aos Judeus)  - Genealogia a partir de Davi


2.       Marcos o servo (Para os romanos) – Sem Genealogia

3.       Lucas o filho do homem (para os gregos) -  Linhagem de Jesus até Adão

4.       .João sendo o filho de Deus (para toda a raça humana) - Sem Genealogia. Cristo é Deus

Considerações preliminares (Marcos 6.30-44)

1. Peculiaridade. O conteúdo dos seis relatos da multiplicação dos pães nos evange­lhos facilmente se funde para o leitor da Bíblia, de modo a não aperceber-se mais das peculiaridades de cada história. Em nosso relato já no v 30 se apresenta a palavra-chave "ensinar", para retornar com grande peso no v 34, como expressão do cuidado do pastor. Em prol da cristologia do trecho, é necessário ir atrás disto. Acima de tudo, do começo ao fim a história é eclesiológica. Ela faz parte da série de ensinos internos dos discípulos. Para isto já chama a atenção o "à parte" no v 31, repetido como "sós" no v 32 (cf 4.34n). É verdade que uma grande multidão está presente, mas só como um pano de fundo, e Jesus não se relaciona diretamente com ela. Com tanto mais destaque ele chama os discípulos para preparar, executar e recolher os restos da multiplicação dos pães. Com certeza o papel destacado dos discípulos é uma das chaves para o sentido.

2. O milagre. Que o v 41, decisivo, envolva em silêncio absoluto o milagre em si, instigou em muito a fantasia dos expositores. A discrição nem sempre é correspondida com discrição. Quero apresentar quatro interpretações:


a. Um milagre social! Lamsa (p 384s) investiga esta interpretação de modo interessan­te. Até hoje um oriental nunca se põe a caminho sem prover-se de pão e outros alimentos. Para que a reserva dure bastante, ele desaparece nas dobras das vestes e nos bolsos profun­dos, e com freqüência é negado diante dos outros. Todos dizem que não têm nada consigo. Aqui, porém, quando as pessoas viram como um dentre eles, inspirado pelo ensino de Jesus, repartiu com generosidade seus cinco pães e dois peixes, os egoístas foram converti­dos à doação altruísta. Um após outro buscou suas provisões e ofereceu-as aos famintos, que realmente nada tinham consigo. No fim, todos atribuem a satisfação a Deus. Esta expli­cação ainda pode adquirir um traço revolucionário: sob Jesus chega-se a uma distribuição justa dos bens desta terra. A multiplicação nem é necessária. - O v 36, porém, pressupõe exatamente que as disposições normais de abastecimento fossem suficientes. Não se fala de um problema sem solução, com agitação social.


b. Um milagre carismático! Entre os mais novos, Grundmann adotou esta interpreta­ção (Geschichte, p 276; Markus p 182). No estilo das pessoas com carisma, Jesus recorreu à aptidão de abençoar muitos com pouca comida, acalmando seus nervos gástricos. Suas palavras e sua oração, e talvez um bocado de pão que passou por suas mãos, fizeram esque­cer toda a fome. Para apoiar isto cita-se um escrito fantasioso e romanesco de círculos gnósticos do século III, os Atos de João (em Hennecke II, 152). De acordo com estes, Jesus, quando era convidado com seus discípulos e cada um já tinha seu pão no prato, costumava chocar o hospedeiro com a seguinte brincadeira: tomava o seu pão, abençoava-o e o distri­buía entre todos, "e daquele pouquinho todos nós ficávamos saciados". Os pães que cada um tinha no prato podiam ser recolhidos novamente. Esta historinha sem graça deveria ficar fora de questão aqui. É óbvio que esta idéia descarta os v 42,43. Grundmann, porém, consi­dera estes versículos uma ampliação posterior do processo original e do relato mais antigo. Tudo isto, todavia, é fantasioso. A saciedade por comida de verdade está ancorada firme­mente em todos os seis relatos (Mc 6.42; 8.8; Mt 14.20; 15.37; Lc 9.17; Jo 6.12).

c.  Um milagre eucarístico! Um grande número de expositores vê transparecer aqui um relato da celebração da ceia posterior à Páscoa, transposto para a vida terrena de Jesus. A literatura se sermões católica ensina que o v 41 fala das pequenas hóstias brancas que os sacerdotes passam ao povo da igreja em missas incontáveis por todo o mundo. Dizem que os grupos do v 39 representam as comunidades locais da igreja universal, os doze cestos do v 43 a continuidade do milagre do pão em qualquer tempo e lugar em que a igreja esteja reunida à volta do altar. O armário de pão da santa eucaristia nunca fica vazio. - Com razão, outros expositores católicos como Schürmann, Pesch e Gnilka rejeitam esta interpretação. Por que Marcos, quando fala em "partir" no v 41, não usa o termo exato dos textos litúrgi­cos (klao em vez de kataklao)?. Por que, por ocasião da distribuição no v 41, não há nenhu­ma palavra de explicação, nenhuma indicação da sua morte, nenhuma ordem para repeti­ção? Por que não há uma referência ao cálice e ao vinho festivo? A situação no deserto teria sido uma ocasião para mencionar também a bebida. Qual o sentido dos peixes, menciona­dos três vezes nos v 38,41, se o símbolo do peixe para Jesus só surgiu no século II? A terminologia do v 41, que é decisivo, não serve para nada a não ser descrever uma refeição judaica comum (cf At 27.35). As referências ao evento, em 6.52; 8.14-21, também não apresentam traços eucarísticos (para esta questão, cf Roloff, p 244ss).

d. Não houve milagre! De acordo com um grupo considerável de expositores, nossa história se baseia somente em textos. Eles alegam que a idéia de uma distribuição miracu­losa de comida, que existia no paganismo, no judaísmo e no at, se infiltrou também no cristianismo e foi atribuída a Jesus. Para isto, porém, as semelhanças com textos pagãos e judeus são muito banais. E o que dizer dos textos do at?
No que tange aos milagres de alimentação em 1Rs 17.8-16 (Elias) e 2Rs 4.1-7 (Eliseu), não há nenhuma ligação literária com nosso trecho, mas, isto sim, uma dificuldade de conteúdo. No testemunho dos primeiros cristãos, Elias não era Jesus (contra a opinião popular em 6.15; 8.28), mas João Batista. A alimentação por maná, na época de Moisés, é bastante explicada a partir de Jo 6.31, mas está totalmente ausente das histórias da multipli­cação dos pães nos evangelhos. Somente chamam a atenção várias ligações literárias com 2Rs 4.42-44. Mesmo assim, não devemos nos deixar levar demais por estas semelhanças formais. O sentido e o contexto das histórias são muito divergentes. No fim só fica o que já se disse na opr 2 a 6.30-8.26: Nossa história faz parte do tema fome-comida-alimentação, que está em toda a Bíblia. A partir dali é possível ver várias expressões e idéias compará­veis. Mas não cabe explicar estas semelhanças no sentido de que a lenda de um milagre tenha sido atribuída aos vários profetas e, por fim, a Jesus.
É recomendável buscar a chave para a interpretação deste testemunho de Marcos não na história da religião, no at, na história da igreja antiga ou em outros textos do nt, mas no livro do próprio Marcos. Paralelos aproximados com muita pressa facilmente encobrem a vida própria do trecho.
E ainda recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe. O número doze para os cestos provavelmente tem a ver com o fato de que, como em 8.19, foram os doze discípulos que recolheram as sobras. Por último, o número mencionado no último versículo também dá a dimensão do milagre: Os que comeram dos pães eram cinco mil homens. Números elevados sempre são estimativas. Mas cidades como Betsaida e Cafarnaum tinham, naquela época, entre dois e três mil habitantes.
Com este sinal, Jesus se revelou como mestre messiânico (v 30,34), pas­tor (v 34a), rei (v 39s) e pai (v 41). À sua volta o futuro se torna visível: um Israel renovado e, no fim das contas, um rebanho humano que abrange o mun­do todo, organizado, apaziguado e festivo. Sua missão universal transparece na quantidade de "todos, grande, muitos" (v 31,33,34,39,42). Entre o Único e os muitos, porém, estão "seus discípulos" (v 35,41), expressão sempre impor­tante em Marcos. Eles fruem da intimidade do pastor e rei e participam da sua ação até o fim. Isto não acontece, porém, sem que antes a ação deles tenha sido levada ao seu limite. O começo disto foi no v 31. Depois do seu relatório, que nada mais continha além do que Jesus fizera por meio deles, a frase é significativa: Descansem um pouco! Ele precisa agir - neles e só depois por meio deles (v 37). Da sua mão todos ficam satisfeitos, no fim das contas; é claro que pelas mãos deles e sob os seus olhos.
Deste modo obtemos as bases da eclesiologia. Os discípulos não ascen­dem lentamente à condição de senhores, mas continuam discípulos. Eles não precisam representar a Cristo, pois ele está presente pessoalmente. Na pessoa dele, o próprio Deus se dedica ao seu rebanho. Eles, por sua vez, lhe dão uma mão e testemunham sua ação milagrosa (para a avaliação desta história, cf opr 1 a 6.45-52 e 6.52).
Evangelho de Marcos, O  - Comentário Esperança  - Adolf Poh – Editora Evangélica Esperança) Mt 14.13-21



A primeira multiplicação dos pães


Este é o único milagre que todos os evangelistas registram. Ver notas sobre #Mc 6.30-46; #Lc 9.10-17; #Jo 6.1-15. Jesus ouvindo isto (13). Esta frase liga os milagres, que seguem, com a morte de João, quanto a ordem cronológica. Vê-se dos vers. 1-2 que Mateus narra sua história no passado. Aqui, como em outros trechos, o propósito do escritor não é contar a história na sua ordem cronológica, mas apresentá-la de um modo que fique gravada na memória. O povo (13), melhor a multidão. A hora é já avançada (15). Indicação de que era a hora do jantar. Pães (17), melhor, pãezinhos. Se assentasse (19). Iam reclinar-se sobre o cotovelo esquerdo, pois era o costume daquela época, para comerem. Alcofas (20) -gr. kophinous, "cesta para comprar". Ver notas sobre #Lc 9.17. Este milagre ilustra o valor de alimentar-nos com Cristo no coração, mediante fé na sua palavra. Ver #Jo 6.27-59, que relata o discurso do Senhor, sobre o "pão da vida", que seguiu, como resultado direto da multiplicação miraculosa.



Este é o único milagre que todos os evangelistas registram. Ver notas sobre #Mc 6.30-46; #Lc 9.10-17; #Jo 6.1-15. Jesus ouvindo isto (13). Esta frase liga os milagres, que seguem, com a morte de João, quanto a ordem cronológica. Vê-se dos vers. 1-2 que Mateus narra sua história no passado. Aqui, como em outros trechos, o propósito do escritor não é contar a história na sua ordem cronológica, mas apresentá-la de um modo que fique gravada na memória. O povo (13), melhor a multidão. A hora é já avançada (15). Indicação de que era a hora do jantar. Pães (17), melhor, pãezinhos. Se assentasse (19). Iam reclinar-se sobre o cotovelo esquerdo, pois era o costume daquela época, para comerem. Alcofas (20) -gr. kophinous, "cesta para comprar". Ver notas sobre #Lc 9.17. Este milagre ilustra o valor de alimentar-nos com Cristo no coração, mediante fé na sua palavra. Ver #Jo 6.27-59, que relata o discurso do Senhor, sobre o "pão da vida", que seguiu, como resultado direto da multiplicação miraculosa.

2) Mc 6.34-44

A PRIMEIRA MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES

Este milagre é o único comum a todos os quatro evangelhos. Veja #Mt 14.13-21; #Lc 9.10-17; #Jo 6.1-15. É provável que a sugestão dos discípulos visasse interesses outros que os do povo. Eles foram desapontados quanto ao retiro a sós com Jesus, e possivelmente tinham fome também (cfr. 31). A resposta de Jesus veio como repto para agirem, aparentemente além das suas possibilidades: "Dai-lhes vós" (37): note a ênfase dada pela ARA-"vós mesmos". Tais palavras servem como repreensão contínua à igreja na sua incapacidade diante de um mundo faminto. A igreja contempla seus recursos insignificantes com desânimo. Torna-se patente que toda necessidade pode ser satisfeita uma vez que O Senhor tenha o uso daqueles recursos. O denário varia, no seu valor moderno, conforme o câmbio. Por esta razão é melhor computar o valor como salário de um dia para o operário. A quantia mencionada pelos discípulos era além das suas possibilidades, e aquém do mínimo preciso. Marcos descreve o incidente de uma maneira excepcionalmente vívida. A multidão foi organizada em grupos (gr. symposia symposia, lit. "em grupinhos festivos"); sobre a relva verde... em grupos (gr. prasiai prasiai, lit. "como canteiros"). As vivas cores das roupas contra o fundo verde da erva produziram o efeito de um jardim, com flores. O propósito deste agrupamento foi evitar confusão e servir a todos "com decência e ordem" (#1Co 14.40). Há certa semelhança entre o vers. 41 e #Mc 14.22, que talvez sugira nesta refeição no deserto uma antecipação da Ceia do Senhor. Porém a interpretação mais segura é que era costume naquela época o hóspede proceder desta maneira, e estas simples ações do Senhor se revestiram mais tarde de uma significação mais profunda dentro da comunhão apostólica. Fica oculta a maneira em que o milagre foi efetuado, se nas mãos do Senhor mesmo, ou nas dos Seus discípulos. Os racionalistas já tentaram muitas vezes desfazer o elemento milagroso da história, alegando que o número de pessoas fosse exagerado; outrossim, que se persuadiu o povo de partilhar sua merenda. Se fosse assim, é curioso que um acontecimento tão vulgar tenha sido conservado nos quatro Evangelhos. Tudo depende da maneira em que se interpreta a pessoa de Jesus Cristo. Se é realmente Deus manifestado na carne, não há nenhuma dificuldade real em crer que Ele operou nesta ocasião um prodígio de criação, como os evangelistas tão claramente o apresentam. Cestos (43): gr. kophinoi. Levados pelos judeus em viagem, para não comer alimentação dos gentios, cfr. #Mc 8.8,19-20. Pedaços de pão: não migalhas, mas os pedaços que sobrarem depois de divididos os pães. À luz da versão joanina do incidente, que continua com o famoso discurso sobre o pão da vida, não há dúvida acerca da significação da história. Jesus não é apenas o Autor da vida; Ele é também a Força e Sustentador da vida, tão indispensável para a vida do cristão como é o pão cotidiano para o corpo. Jesus oferece perfeita satisfação na vida íntima do crente que pode, cada dia e cada hora, se alimentar com Ele, pela fé.
3) Lc 9.10-17

A ALIMENTAÇÃO DOS CINCO MIL

Quando os apóstolos voltaram com seus relatórios, Jesus levou-os à parte para um retiro na parte nordeste do lago, porém o povo O seguiu e interrompeu Seu plano. Ainda assim Ele deu a eles boa acolhida e ministrou àquela gente.
Quando entardeceu, os doze sugeriram que Ele mandasse embora o povo, a fim de que conseguissem comida e alojamento nas aldeias circunvizinhas. Em vez disso, Ele fez com que os discípulos os alimentassem com o que eles próprios possuíam, cinco pães e dois peixes. Fez Ele com que o povo todo se sentasse em grupos de cinqüenta e, depois de ter abençoado o alimento, entregou-o aos discípulos para ser distribuído. Todos se satisfizeram e doze cestos foram cheios com os fragmentos restantes. A importância especial deste milagre é marcada pelo fato de que é o único registrado em todos os quatro Evangelhos. Os relatos paralelos são #Mt 14.13-23; #Mc 6.30-46 e #Jo 6.1-15, onde se podem ler as notas equivalentes.
Uma cidade chamada Betsaida (10). Não "a cidade de André e Filipe" (#Jo 1.44), a qual ficava situada na parte leste do lago, porém Betsaida Júlias que estava no lado oeste do alto Jordão no território de Filipe, o tetrarca. Cerca de cinco mil homens (14). Mateus acrescenta "além de mulheres e crianças"; entretanto, destas haveria muito poucas. Erguendo os olhos para o céu, os abençoou (16). Todos os quatro relatos notam esse detalhe, vendo nele o segredo de todo o poder manifesto. Partiu e deu (16). Os verbos gregos estão em tempos diferentes; partiu indica um ato único, e deu uma ação continua. A medida que o alimento estava sendo distribuído, foi sendo multiplicado. Doze cestos (17). A palavra grega para cestos é kophinos, sendo que eram usados pelos judeus quando viajavam, para evitarem comprar alimento dos gentios.

Jo 6.1-14

CINCO MIL PESSOAS ALIMENTADAS

Este é o único milagre comum a todos os quatro Evangelhos. Ver notas, #Mt 14.13-23; #Mc 6.30-46; #Lc 9.10-17. "A narração de uma cena crítica na obra de Cristo na Galiléia é seguida pela narração de uma cena semelhante em Jerusalém" (Westcott). "O evangelista já descreveu e explicou a incredulidade dos judeus em Jerusalém. Agora, não obstante #Jo 4.45-54, expõe a incredulidade dos Galileus" (Hoskyns). Os dois sinais relatados neste capítulo constituem o fundo para o discurso sobre o pão da vida. A multiplicação dos pães para os cinco mil ocorre depois destas cousas (1) e quando a páscoa estava próxima (4). Embora seja praticamente impossível estabelecer uma cronologia exata dos acontecimentos, é bem provável que o ministério de Jesus na Galiléia, como narrado nos sinóticos, se enquadre dentro do tempo marcado pelos limites do capítulo 6. A narrativa episódica do capítulo 6 abrange "o essencial do ministério na Galiléia" (Westcott). A multiplicação dos pães para os cinco mil tem lugar nos textos sinóticos depois da volta dos discípulos, após suas lidas missionárias e o triste anúncio da morte do Batista. A turba foi conquistada pela benevolência de Jesus que sempre fazia o bem, e o seguiu de lugar em lugar. Note-se que Jesus desejou passar um tempo quieto (cfr. #Mt 14.13; #Mc 6.31; #Lc 9.10). A narrativa joanina difere das sinóticas em diversos pormenores. Não lhe faltam evidências autênticas de uma testemunha ocular. A páscoa estava próxima (4). Este detalhe explica a presença de uma grande multidão, e sugere algo para compreender o sentido espiritual do milagre. Jesus vê a turba chegando, e propõe que se coma (5). Tomando a iniciativa, Ele fala sobre o assunto com Filipe, possivelmente com o intuito de prová-lo, porque ele bem sabia o que estava para fazer (6). Filipe responde de uma maneira eficiente e calculada (7). Na sua resposta, ele não avalia a situação à luz da fé, nem contempla a capacidade do Senhor de satisfazer as necessidades do povo. Alguém sugere que a exatidão da resposta pressuponha uma consideração prévia do problema, e que a importância citada represente o total dos seus recursos materiais. Um rapaz (9); gr. paidarion, "rapazinho". Cevada (9); comida dos pobres. O detalhe salienta mais ainda a insuficiência dos recursos dos discípulos. Jesus manda aos discípulos que façam assentar-se o povo. Povo, homens (10). É possível que a referência específica aos homens indique chefes de famílias, e que todo o povo se sentou em famílias. Jesus abençoa a parca provisão, que se multiplica milagrosamente para o povo (11). João preserva a ordem de Jesus que recolham os pedaços, em conseqüência da qual doze cestos ficaram cheios dos pedaços de pão (12,13). A turba fica sobremaneira impressionada e reconhece a significação messiânica do milagre: Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo (14). Ver #Dt 18.15. O milagre sem dúvida relembra ao povo a provisão do maná, séculos antes. Ver comentário sobre a discussão mais tarde na sinagoga.

Autor: F Davidson – Edições Vida Nova

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