segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Jovem discípulo X discípulo jovem / velho profeta X profeta velho.

Jovem discípulo X discípulo jovem

A igreja de Cristo necessita da força de jovens dispostos a batalhar as causas do Reino. Por toda a escritura nós vemos a participação de jovens coadjuvantes: Josué servindo fielmente a Moisés e Timóteo aprendendo com Paulo, são alguns dos muitos exemplos. Eles se tornaram jovens discípulos, ajudadores dos seus líderes e aprendizes de suas lições de vida (Números 27. 18; Êxodo 33. 11; 2 Timóteo 1. 1 a 14).
Existem também os discípulos jovens. Pessoas que passam anos na igreja galgando cargos, sem nunca crescerem na fé para entender o verdadeiro papel do obreiro. São pessoas imaturas que buscam os seus próprios interesses e esquecem que eles devem SERVIR à igreja. Os filhos do sacerdote Eli são um bom exemplo (1 Samuel 2. 12 a 17), Paulo nos alerta sobre esses maus obreiros no capítulo três da segunda carta a Timóteo.

Aliás, o mesmo Paulo ensina que o obreiro neófito (sem alicerces na fé e para o ministério) pode ceder à soberba, caindo na mesma condenação do Diabo (1 Timóteo 3. 6).

Jovens cristãos vocacionados, aceitem esse conselho: Sejam ajudadores e aprendizes de seus líderes. Aprendam a servir à igreja com a sua juventude. Entenda que o ministério serve À igreja, PARA a igreja, e somente é reconhecido PELA igreja. Isso significa que somente pelo serviço cristão a igreja pode reconhecer o chamado de Deus que queima em seu coração. 

Eu realmente duvido muito da “vocação” de pessoas que só querem ser servidas, que buscam se “promover” com suas novas fórmulas e unções, que se afastam da simplicidade do evangelho levando muitos com eles. São pessoas impacientes e dispostas a derrubar obreiros para ocupar os seus lugares. São discípulos jovens e imaturos, que desconhecem a importância de uma verdadeira vocação. 

Velho profeta X profeta velho

Por mais que um obreiro tenha sido importante para uma comunidade eclesiástica, logo o tempo de passar o cajado vai chegar. Nesse momento o verdadeiro homem de Deus tem que estar pronto para abençoar a nova geração. Infelizmente nós temos visto muitas atitudes de “profetas velhos”.

No capítulo 13 do primeiro livro dos Reis nós encontramos a história de um profeta de Judá usado por Deus para condenar a idolatria de Jeroboão. A sua mensagem foi confirmada com sinais maravilhosos e a notícia se espalhou rapidamente. Logo um homem identificado como um “profeta velho” ouviu a notícia e resolveu intervir na vida do profeta de Judá.

O profeta anônimo tinha uma ordem clara de Deus: Ele não poderia parar para descansar ou fazer qualquer refeição naquele lugar. Porém, quando o profeta velho lhe abordou com palavras fraudulentas, o homem de Deus desobedeceu aos mandamentos divinos, o que foi a ruina de seu ministério. 

Muitos líderes agem com atitudes de “profetas velhos” movidos pelo ciúme ou pelo medo de sair da mídia. Eles se acostumam a estarem no centro das atenções, alguns chegam ao absurdo de ter uma denominação inteira alicerçada nele, como se ele fosse estar aqui para sempre. São homens que confundem respeito com obediência cega.

Os profetas velhos são verdadeiros “assassinos de obreiros”, perseguem e boicotam aqueles que eles deveriam estar preparando para assumir o seu lugar. Saul por exemplo, que perseguiu Davi por anos. 

Esse é um dos motivos que tem levado ao crescimento dos grupos de “cristãos sem igreja” (não estou dizendo que é o único, ou que eu aprovo essa conduta). 

Felizmente, o número de profetas velhos é mínimo se comparado ao de velhos profetas. O velho profeta é aquele obreiro que dedicou boa parte de sua vida à causa do Senhor, e que já está preparando o caminho para quando ele estiver ausente. 

Sim, ele envelheceu, acontece com todos, mas continua profeta e entende a vontade de Deus para com o rebanho a ele confiado. Quando Moisés envelheceu ele fez questão de deixar bem claro a todo o povo quem seria o seu sucessor (Números 27. 18 a 23), O apóstolo Paulo, em sua carta de despedida, rogava ao seu discípulo empenho na obra de Deus. 

Eis a fórmula para uma transição sadia: Jovens discípulos dispostos a aprender com os patriarcas, que amam e servem à igreja e são agentes efetivos no desenvolvimento do Reino na terra. Velhos profetas dispostos a passar as suas experiências, que reconhecem o chamado de Deus nos seus discípulos, e buscam lapidá-los para a boa obra.

Que Deus abençoe à sua igreja, em sua totalidade, em suas gerações, até o grande dia do Senhor. 

“Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, a esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém!” (Efésios 3. 20 e 21 / Grifo nosso).

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