terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Pare de fingir que acredita em Deus.

Exercemos diferentes papéis dependendo do espaço em que estamos: pai, filho, irmão, amigo, entre outros sem número de definições que mudam de acordo com o ambiente: profissional, familiar, religioso. Alguns sociólogos defendem o conceito de máscaras, isto é, alternamos durante toda vida múltiplas facetas cuja função principal está em ocultar ou “mascarar” alguns aspectos de nossa personalidade, representamos assim um papel social em função do cenário. Em síntese, somos meros atores no palco da vida. 

De acordo com este pensamento, qual o papel do jovem cristão nos ambientes em que circula diariamente? Como refletir a imagem de Cristo numa sociedade em constante transformação? Tenho que me isolar do mundo? Afinal ser santo é isso, não? Ser separado, certo? NÃO! A resposta foi dada pelo próprio filho de Deus: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal”.1 Mesmo diante destas palavras, fica o incômodo, pois acabado o culto no domingo a vida real é retomada. Muitos líderes discursam sobre verdadeiras cartilhas de “certo” e “errado” para serem aplicadas no dia-a-dia. Não pode falar palavrão, mas falar da vida daquele irmão cheio de problemas pode? Mentir é pecado, mas ocultar não, por isso não preciso contar pra ninguém meus pecados…Essas dúvidas que surgem na caminhada cristã, embora seja comum a todos, parece pressionar mais o jovem por conta da “resposta” que ele deve dar à família, à Igreja, aos amigos.
Há uma pressão enorme para que você SEJA alguém, ESTUDE para ser alguém, é necessário CASAR cedo para não ceder às investidas do inimigo na esfera sexual, entre outras definições equivocadas. Toda essa enganação não condiz com os ensinamentos bíblicos: “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”2. O movimento se estende dentro da igreja. É muito comum vermos jovens se esforçando para parecer “espiritual”, até mesmo as orações sofrem mutações, parece que estamos rezando: “Amado Pai Celestial Todo Poderoso Deus de Amor…” Assim mesmo, sem respiração, sem pausas, uma reza. 



A estratégia parece ter mudado, ao invés de possuir pessoas, as potestades possuem as grandes mídias no sentido de coibir a atuação do jovem e sua essência revolucionária. Esse argumento pode parecer antigo, porém cada vez mais as propagandas, filmes, séries, música, etc., se aproximam desta parcela da população para oferecer coisas que não precisamos, mas “precisamos” ter só para mostrar para os outros que temos. Temos sempre o mais novo celular, o mais novo DVD daquele artista cristão, isso é ser descolado, é bem moderno. Essa geração de jovens e adolescentes está sendo oprimida por forças invisíveis, mas o apóstolo João já dizia: “Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, porque a palavra de Deus permanece em vós, e porque tendes vencido o maligno.”3 



Portanto, Pare de fingir que acredita em Deus. A fé vem pela palavra, não é pelos milagres, não é pelo que Ele pode nos dar, não é pelo que Ele pode nos transformar. Pra que fingir ser algo que não é!!! Deus tem um interesse em usar você com a personalidade que Ele te deu: o jeito como você é pode ser utilizado pelo Espírito Santo para gerar transformação. Não escolha viver isoladamente. A Igreja não pode te salvar. Seu líder ou pastor NÃO morreu por você, portanto é ELE a quem representamos neste mundo. No seu trabalho, no seu círculo de amizade, em sua casa… É exatamente nestes lugares que Deus irá te usar. Lembre-se que os maiores feitos de Jesus não foram realizados dentro de uma sinagoga. Boa revolução para você! 



Referências 

1. João 17.15 (NVI) // 2. I Pedro 5.7 (Almeida Revisada) // 3. I João 2.14b (Sociedade Bíblica)



Um comentário:

  1. A verdade é que, antigamente, poucos sabíamos sobre leis da física e o universo. Fenômenos naturais poderiam ser considerados como “medidores do humor” dos deuses. Uma sociedade do século V poderia achar que um raio era obra de deus, ou se uma doença contaminasse sua população, seria considerado um castigo divino sobre os pecadores.

    Ao longo da história, os fenômenos passaram a ser entendidos.
    As ciências evoluíram e, atualmente, conseguimos explicar grande parte das coisas que acontecem ao nosso redor.
    O conhecimento humano foi evoluindo e os ateus foram aumentando de numero conforme entendemos melhor o universo em que vivemos.

    Podemos entender esse aumento do nosso desenvolvimento observando os países em que o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é maior e fazendo um balanço de acordo com o número de pessoas religiosas que o habitam.
    Uma profunda pesquisa realizada em 2008 e publicada no Financial Times mostrou as taxas de população ateia nos Estados Unidos e em cinco países europeus.
    As menores taxas de ateísmo estão nos Estados Unidos, apenas 4%, enquanto as taxas de ateísmo nos países europeus pesquisados foram consideravelmente mais altas: Itália (7%), Espanha (11%), Reino Unido (17%), Alemanha (20%) e França (32%).
    Os números europeus são semelhantes aos de uma pesquisa oficial da União Européia (UE), que relatou que 18% da população da UE não acreditam em um deus.
    O estudo mostra ainda uma porcentagem estimada de ateus de 85% na Suécia, 80% na Dinamarca, 72% na Noruega e 60% na Finlândia.
    Segundo o Escritório Australiano de Estatísticas, 19% dos australianos declararam-se como “sem religião” ou ateus.
    Entre os japoneses, 64% são ateus, agnósticos, ou não acreditam em um deus.

    Por outro lado, os países mais miseráveis – e conseqüentemente com baixos índices de educação e conhecimento - são os mais religiosos, como é o caso de Bangladesh, Nigéria, Iêmen e Indonésia.

    Fica fácil verificar que estes países - com maior número de ateus - são os que ocupam os primeiros lugares no ranking do IDH de 2010, mostrando claramente que o ateísmo está diretamente ligado as melhores condições sociais de um país.
    Desta maneira, a quantidade de ateus crescendo no mundo tornou-se uma forma confiável de medir a evolução da humanidade.

    ResponderExcluir

DESIGREJADOS, COMO SE EU SOU A IGREJA?

Autor: Marcelo Carvalho Nascimento RESUMO Há um crescente número de desigrejados e buscaremos entender os motivos que levam as pesso...