segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Normas culturais o feitiço das igrejas.

Ao longo dos séculos, a cultura pagã com a sua arte, a música, a maneira de vestir, o modo de pensar e as normas sociais sempre foi uma armadilha para o povo de Deus. 

E não tem sido diferente em nossa época. Observamos a igreja de alguma maneira em declínio sob o feitiço das normas culturais. Isso porque muitas vezes não conseguimos pregar a verdade como ela é de acordo com as Escrituras. 

Há um receio de sermos ridicularizados pelo mundo. Parece que há uma intimidação que tem deixado a igreja em silêncio. Senão vejamos: 

1- A verdade está sendo abandonada 


A verdade sem rodeios, nua e crua tem sido evitada em muitos púlpitos das igrejas. Isso porque temos medo dos zombadores deste mundo. Permitimos que o mundo nos colocasse em seu próprio molde. O apostolo Pedro alertou-nos que isto iria acontecer em 2 Pedro 3:3-4.

Não obstante, será que Pedro parou de pregar a genuína mensagem cristã, porque algumas pessoas estavam zombando dele? Absolutamente que não! Para os apóstolos, a verdade era a verdade e não importava o que o mundo pensava. O apóstolo Paulo tinha a mesma atitude quando disse que Deus era fiel mesmo que todo mundo fosse mentiroso (Romanos 3:4). 

Ele disse ao jovem Timóteo para pregar a Palavra, independentemente se o tempo é conveniente ou não (2 Timóteo 4:2). O sistema deste mundo não pode ser mais influente do que a verdade do evangelho de Deus. 

2- A pregação doutrinária hoje é diluída e superficial 

Tornou-se fora de moda hoje pregar sobre o pecado. A “coisa” popular em nossa época é falar sobre várias doenças psicológicas, vícios e problemas. 

Você já reparou que as pessoas hoje já não são mais vistas como pecadoras? Se você assistir a um desses programas de TV que fala de comportamento, você vai ouvir que os adúlteros, estupradores e molestadores de crianças não são pecadores que necessitam de arrependimento. Eles são viciados em sexo que precisam de terapia! Eles são apenas doentes e não pecadores perdidos que necessitam da graça de Deus. 

As pessoas hoje são apenas as vítimas da sociedade, do racismo, abuso, da negligência política e outras coisas mais. Não devemos julgá-los como pecadores! No entanto, a verdade é que tal perversidade e estupidez, francamente, vêm da falta do temor de Deus. É o pecado em suas vidas. A sua terrível natureza pecaminosa. E somente Cristo pode socorrer eficazmente essas pessoas. Creio que precisamos resgatar a pregação da doutrina do pecado e suas terríveis conseqüências. 

Entretanto, infelizmente, o processo cultural liberal tem feito a pregação doutrinariamente bíblica se tornar irrelevante hoje na igreja. Há uma forte despreocupação de expor a antiga verdade do evangelho das Escrituras. Em vez de pregar a verdade de Deus, muitos pastores suavizam seus sermões. Qualquer doutrina que possa ferir os sentimentos de alguém, ou é negada ou completamente ignorada no púlpito da igreja. 

3- É politicamente incorreto dizer a verdade 

No momento em que apontamos todos os ensinamentos falsos e populares que não estão de acordo com a verdade do evangelho, você é convidado para se calar em nome da paz e da unidade. Não raro ouvimos: “Não balance o barco!” - "Não faça ondas!". Estas parecem ser a regra de fé e prática de nossa época. 

Em outras palavras, se você levantar-se para falar a verdade da Palavra de Deus, é chamado de arruaceiro que não é sensível aos sentimentos das pessoas. É acusado de orgulhoso e radical se você defende as doutrinas fundamentais da Bíblia e da fé cristã. 

4- O culto se tornou hoje uma busca de felicidade, não de Deus 

Se a verdade do evangelho já não é mais pregada, a maioria dos cristãos hoje não entende que o seu objetivo na vida é glorificar a Deus. Em vez disso, sua própria felicidade pessoal se tornou o tema de todos os que consomem a vida cristã. Felicidade se tornou um ídolo e muitos tem se curvado diante dela. Ouvimos muitos sermões sobre "Como Jesus pode te fazer feliz". Ao invés de pregar que existimos para a glória de Deus e que somos Seus servos, somos informados hoje de que Deus existe para a nossa felicidade e que Ele é o nosso servo! Ele é supostamente um Deus para buscar a riqueza e a saúde, bastando determinar no coração e exigir Dele toda a sorte de bênçãos. 

A verdade é que há uma decadência da dedicação a Cristo nesses tempos difíceis. O ego da geração moderna não está interessado no sacrifício pessoal para servir a Deus. 

O ensino bíblico da dedicação total de tudo o que somos e temos ao Senhor Jesus Cristo é raramente pregada hoje. Em vez disso, as pessoas dizem que a vida cristã é fácil e divertida. Você pode pecar contra Deus, trapacear, roubar e até mesmo cometer adultério e ainda ser um pastor! Moralidade e a verdade não importam mais. 

5- O entretenimento evangélico tomou o lugar da pregação 

Há evidencias de que muitas igrejas estão envolvidas no entretenimento, em vez de pregação bíblica. O culto tornou-se uma produção teatral, em vez de estar centrado na pregação da Palavra de Deus. Os atrativos estão sendo incluídos nos cultos das igrejas e os sermões cada vez mais estão curtos e superficiais. 

Observamos que multidões de pessoas estão dispostas a ir à igreja, se houver muito entretenimento e pouca pregação. Muitos têm defendido a idéia de que a Igreja deve fazer de tudo para que as pessoas se sintam bem consigo mesmas; não é de admirar que já não ouvimos tantos sermões que confronte o pecado. A palavra pecado não se encaixa no pensamento positivo do movimento de crescimento de igreja. Não é politicamente correto. Isso é lamentável. Penso que muitos já venderam o direito de primogenitura por um bocado de lentilha de nossa época. 

Com isso a igreja do século XXI, apesar de toda a sua riqueza, modernidade e poder, é realmente arrastada para a perversidade e fraqueza espiritual. Em outras vezes, o homem no púlpito é freqüentemente mais carnal e imoral do que aqueles que se sentam no banco! 

Portanto, a nossa palavra é que a igreja contemporânea recupere a sua espiritualidade nas Escrituras e renove o seu entendimento não se conformando com este século tão confuso! 



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