domingo, 21 de agosto de 2011

Jesus e sua família.


A maioria das pessoas não imagina Jesus tendo uma família, com o pai e a mãe ao lado, com os mesmos problemas de qualquer uma outra família. Não imagina o pai trabalhando pesado em sua marcenaria rústica, onde tudo era praticamente feito à mão, não imagina Maria carregando água morro acima, molhando a horta, tecendo as roupas da família, tomando conta da casa. Não imagina Jesus brincando com barro, atrás de passarinhos, brincando com os outros meninos. Jesus teve uma infância normal como qualquer outro menino, a sua verdadeira missão só lhe veio aos 30 anos de idade
É certo que Jesus não conheceu seus avós que faleceram antes. Mas é bem conhecida a avó de Jesus, Ana que era estéril, mas como tinha grande fé em Deus, acabou se engravidando um pouco tarde e teve Maria. Seu marido era um milionário que já trabalhava no comércio de gado. Ambos estavam muito velhos e acabaram falecendo. Maria foi completar sua educação no educandário.
Jesus ajudava na oficina de seu pai José e por isto também aprendeu a profissão de carpinteiro ou marceneiro atual. O trabalho era muito pesado. Não havia ferramentas especializadas naquele tempo.
  1. Era uma casinha de barro  e tijolos   com as paredes do morro numa forma de cubo. Todos naquela redondeza tinham suas casas da mesma forma. Eram pessoas  muito pobres, simples e humildes. Todos viviam de pequenos trabalhos. Este homem era recém casado com uma moça de apenas 16 anos. Era carpinteiro, porém fabricava móveis bem rústicos a moda antiga. Seu nome era José.
                  Maria sua esposa tinha uma vida como qualquer mulher da época. Enquanto José saia para trabalhar, Maria trabalhava o dia todo tecendo as roupas da casa, cozinhando, fazendo o pão doméstico, buscando água lá embaixo na fonte, remendando as roupas, buscando lenha, buscando extrumes para fazer horta. Ia à sinagoga todas as semanas com mais 30 mulheres. Entravam pela porta lateral, pois era proibido que elas entrassem pela porta da frente. Tinham que esperar pelo menos 10 homens para que elas começassem os trabalhos. As mulheres apenas ouviam, não podiam participar dos cultos religiosos.
               O almoço era colocado à mesa e a mulher tinha que esperar o seu marido. Depois que ele comesse, ela faria o mesmo. E foi assim que um dia exatamente a hora do almoço chegou em sua casa um homem muito maltrapilho. Maria foi atender, ele pediu comida. Maria foi à mesa e recebeu autorização de José para dar um prato de comida ao moço da pouca comida que tinha. Assim ela fez. O moço comeu tudo numa rapidez enorme e lambeu o prato. Ele agradeceu e disse que Deus lhe daria muito mais do que aquilo. Devolveu-lhe o prato vazio, mas Maria pareceu ver que o prato tinha se transformado numa baixela de ouro maciço.
               O moço começou a conversar com ela e disse que ela estava grávida. Neste momento ele se transformou completamente num moço bonito, bem vestido, com roupas muito alvas e quase transparentes. Novamente disse que ela estava grávida, que tinha em suas entranhas um enviado de Deus, que ele mudaria o mundo e que seu nome deveria ser Jesus.  O peregrino disse que era um enviado do Senhor para dar a boa nova à Maria. Maria nem sabia ainda que estava grávida, mas ficou um pouco assustada com a notícia e foi dá-la a José, que no começo não acreditou muito, mas depois reconsiderou. A vida continuou no mesmo molde de antes. Era o primeiro filho do casal. Outros filhos vieram entre eles Tiago, José, Simão, Judas e as irmãs cujos nomes se perderam na história.


A Bíblia diz claramente que Jesus teve outros irmãos, vejamos algumas passagens:
- Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas? (Mateus 13: 57,55)
-         Nisto chegaram sua mãe e seus irmãos e, tendo ficado do lado de fora, mandaram chama-lo. Muita gente estava assentada ao redor dele e lhe disseram: Olha, tua mãe, teus irmãos e irmãs estão lá fora à tua procura (Marcos 3: 31,32)
-         Vieram ter com ele sua mãe e seus irmãos e não podiam aproximar-se por causa da concorrência do povo. E lhe comunicaram: tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-te, ele, porém, lhes respondeu: minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a praticam (Lucas 8:19-21)
-         Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E não vivem aqui entre nós suas irmãs? E escandalizavam-se nele(Marcos 6:3)
Das 15 vezes que esses irmãos são mencionados (10 nos evangelhos, l em atos e 4 vezes nas cartas de Paulo), quase sempre são mencionados na companhia de Maria, mãe de Jesus. É estranho admitir que os primos de Jesus andassem sempre em companhia de sua tia, mãe de Jesus, ao invés de andarem em companhia de sua própria família.
               Os próprios irmãos de Jesus não o seguiam, não coadunavam com as suas idéias. José havia falecido bem antes do inicio da pregação de Jesus.
               De todos os membros de sua família por laços de sangue, sua mãe foi a única que seguiu os seus passos de longe. Ela mesma pediu ao centurião Cornélius para acompanhar Jesus até a Crucificação, o que não era permitido aos membros da família, mas a ela foi. E ela o seguiu com sua fragilidade até o fim.
               No leito da cruz Jesus pede a João Evangelista presente a crucificação, que cuide de sua mãe. Isto João fez até o desencarne de Maria.
               Não importa se Jesus teve irmãos de sangue ou não, se Maria era virgem ou não. O que importa é a mensagem que Jesus nos passou, mudando o mundo para antes e depois de Cristo, dando oportunidade para que todos evoluíssem cada vez mais, que todos nos amássemos cada vez mais. No mundo bastaria ter apenas a lei de Cristo: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Por que acumular riquezas se não vamos levar nada para o outro mundo? Se uma pessoa está em condições ruins por que não ajudarmos? Sabemos que foi esta pessoa que escolheu na espiritualidade seus destinos, mas daí deixarmos de ajudar ? Onde está a nossa caridade? Se todos somos irmãos porque não estender as mãos aos menos afortunados? O sol foi criado para todos, a luz foi criada para todos, a floresta, as flores, os rios, o céu, por que o homem quer tudo para si e esquece dos outros?
               Um pouco da infância de Jesus todos os fiéis sabem por causa dos quatro Evangelistas. Infelizmente é muito pouco e precisamos alargar nossos horizontes.
               Foram muito difíceis os primeiros anos do nosso menino Jesus. Quando nasceu em Belém não tinha nem lugar para ficar a ponto de ficar em uma estrebaria. Mas era muito comum pessoas daquela época viverem em estrebaria, em grutas, pois ali residia um povo de extrema pobreza e nem podia construir suas casas. Não havia pessoas afortunadas em toda a região.
               Jesus foi criado em Nazareth. Ali o menino começou a freqüentar a sinagoga local com a família aos sábados. Tinha a finalidade de aprender a orar e se instruir na Thora. Jesus mostrava um conhecimento fora de série e isto foi criando algumas intrigas na sinagoga. Se os pais quisessem poderiam pagar um professor particular para ministrar os conhecimentos aos filhos, já que não existiam escolas públicas. 
               Jesus brincava com outras crianças, mas as crianças não gostavam de Jesus pois mostrava saber muitas coisas. Eles achavam que Jesus era exibido ou orgulhoso. Ele também não se satisfazia brincar com aqueles brinquedos sem sentidos para ele: fazer objetos de barro, caçar passarinhos, jogar bolinhas de barro, etc.
               Foi contratado um professor para ensinar Jesus, com o auxílio do hazan da sinagoga local. Mas Jesus logo superou o mestre e sabia mais que ele, de modo que o professor não quis mais aceitar o cargo.
               O que mais preocupava a todos naqueles tempos, era a vinda do Messias Nacional. Ele era muito esperado por todos. Às crianças se ensinavam profecias evocativas, lendo versículo por versículo e decorando todos eles para repetir quando interrogadas..
               Numa das visitas que fez ao Templo, Jesus interrompeu o hazan para corrigir uma interpretação do texto lido, referente ao profeta Samuel e isso causou um grande escândalo.
               Jesus passou a estudar em casa e ajudava os pais nos afazeres domésticos, na cultura do horto, no apascentamento do pequeno rebanho da família, ajudava Maria. Como ali era um ponto de encontro de viajantes, Jesus aproveitou para fazer entrevistas com quem chegava e com quem partia e com isto aprendia muito sobre costumes, religiões e regiões distantes.
               As curas de Jesus aconteceram desde cedo. É que os evangelhos não contam, mas vemos muitas curas de Jesus nos Evangelhos chamados de apócrifos. Ao deparar com o sofrimento humano em qualquer de suas formas, o Mestre sentia-se tomado de compaixão e fluídos magnéticos irradiavam dele em grandes ondas.
               Contratado outro professor para Jesus, também este acabou abandonando o discípulo, pois Jesus tinha conhecimentos superiores a ele.
               Desde adolescente, em Nazareth, com auxílio do hazan, assistia e socorria os necessitados, inclusive escravos e perseguidos. “Se tens amor ao teu próximo, sentirás em ti mesmo suas dores e alegrias e, quando doente, poderás cura-lo de seus males” – dizia Jesus.
               “O sofrimento é a fonte do amor, as dores são cordas que nos atam ao Pai do Céu. Bem-aventurados os que sofrem miséria e doença, porque pagam nesta vida, suas dívidas e grandes alegrias preparam para si mesmos na vida eterna” – Explicava Jesus.
               Jesus cresceu um pouco isolado dos jovens da época. Eles não O entendiam. Por outro lado Jesus já estava preocupado com os doentes e os pobres, os estropiados, os escravos e todos os que sofriam. Passava o tempo então ajudando um ou outro. Não tinha tempo para folguedos típicos da idade.

Fonte:http://www.artigonal.com/religiao-artigos/jesus-e-sua-familia-952521.html

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