quarta-feira, 9 de março de 2011

Modismos: Práticas heréticas de uma falsa religiosidade



A questão de uma forma segura de culto parece ter sido uma preocupação ao tempo dos apóstolos. Paulo exortara a igreja em Cristo a conduzir sua adoração de uma forma decente e ordeira, (I Co. 14:40). Cristo afirmou a essência do verdadeiro culto quando disse que, como Deus era um espírito, o verdadeiro culto estava no domínio do espírito (Jo. 4:24). Realmente, o culto é o limite máximo do espírito humano através de exercícios religiosos que levam a alma à Presença de Deus.
Os cristãos primitivos não concebiam a igreja como um lugar de culto como se faz hoje. Igreja significava um corpo de pessoas numa relação pessoal com Cristo. Para tanto, os cristãos se reuniram em casas (At. 12:12; Rm. 16:5,23; Cl. 4:15; Fm. 1-4), no templo (At. 5:12), nos auditórios públicos  de escolas ( At. 19:9) e nas sinagogas até quando foram permitidos ( At. 14:1,3; 17:1; 18:4). O lugar não era tão importante como o propósito de encontro para comunhão uns com os outros e para culto a Deus.
A Igreja primitiva insistia na separação das práticas pagãs da sociedade romana, mas não insistia na separação dos vizinhos pagãos em relação sociais que não fossem prejudiciais. Realmente, Paulo permitiu por inferência o convívio social que não comprometesse ou sacrificasse os princípios cristãos (I Co. 10:20-33). Ele mesmo exortou à separação total de qualquer pratica que pudesse estar relacionada à idolatria ou à imoralidade pagã. A pureza de vida, o amor e a coragem da Igreja primitiva em permanecer fiel e morrer se necessário, exerceram um forte impacto sobre a sociedade pagã da Roma imperial, o que durou três séculos, desde a morte de Cristo até o reconhecimento oficial por Constantino da importância do Cristianismo para o Estado.
Os cristãos do segundo e do terceiro séculos tiveram que fazer o que todo estrategista tenta evitar: lutar em duas frentes. Ao mesmo tempo em que lutava para preservar sua existência diante das tentativas do estado romano de acabar com ela, a Igreja lutava também para preservar a pureza da doutrina. Os convertidos à fé cristã vieram ou do legalismo judaico ou do ambiente pagão da filosofia grega. Muitos desses convertidos, antes que a Igreja os instruísse corretamente, tinha a tendencia de levar suas velhas ideias para seu novo ambiente. Outros procuravam fazer o cristianismo parecer intelectualmente respeitável diante das classes altas do estado. A ameaça dos desvios legalistas ou filosóficos do cristianismo foi algo muito real na Igreja deste período. Em alguns casos, líderes super- zelosos desenvolveram uma interpretação particular para corrigir males reais ou imaginarios na Igreja, chegando mesmo a seguir suas ideias heréticas até que resultassem em cismas e daí em novas seitas.
O maior perigo para a pureza doutrinária da fé cristã veio da filosofia grega. Mais gentios do que judeus se converteram ao cristianismo. Entre estes estavam muitos filósofos que queriam combinar cristianismo com filosofia, ou vestir a filosofia pagã com uma roupagem cristã.
Em 590 a Igreja tinha vencido o desafio do Estado Romano. Deu também sua contribuição ao converter ao cristianismo os invasores teutões do Império e legar a eles os elementos da cultura Greco romana. No processo, porém, massas de pagãos que tinham sido convertidos à religião cristã entraram logo para a Igreja sem serem doutrinados e sem passarem por um período de prova. Muitos deles trouxeram para a Igreja os seus velhos padrões de vidas e de costumes. O antigo culto aos heróis foi substituído pelo culto aos santos. Muitas práticas ritualistas retiradas do paganismo encontraram uma porta aberta na Igreja Cristã. A Igreja, ao tentar resolver o problema da presença bárbara, acabou parcialmente paganizada.
Voltando os nossos olhares para a igreja pós-moderna encontramos “lideres eclesiásticos” na tentativa de elevar o quantitativo numérico e financeiro de sua denominação, implantam todo tipo de sofisma e engano em seus cultos, denominados: sessão do descarrego, rosa ungida, fogueira santa, terapia do amor, culto da unção, encontro de empresários, culto ao anjo ( onde existe uma cadeira específica para o anjo sentar ), a unção do cair no ¨ poder ¨.  Isto se constitui em um verdadeiro sincretismo religioso, esses tipos de líderes deturpam a verdadeira centralidade do culto que é voltado exclusivamente para adoração a Deus (  Jo. 4: 23,24 ). A igreja necessita com máxima urgência reaver seus padrões bíblicos e doutrinários, desvencilhando-o de ensinos baseados em experiências e interpretações humanistas, retornando a pratica simples cujo único objetivo é ter a bíblia como verdade central da fé cristã e a glorificação ao nome do nosso Senhor Jesus Cristo.
Escrita por Pr. Laércio Rodrigues

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