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Teólogo pede que igrejas estejam prontas para lidar com o suicídio.

por Jarbas Aragão

A série da Netflix “13 Reasons Why”, que no Brasil ganhou o título de “Os 13 Porquês” é uma das mais comentadas do ano. Tratando de uma questão delicada – suicídio – ela aborda por vários ângulos a relação (ou falta de) entre pais e filhos e a prática do bullying nas escolas.

Apesar de ter sido criticada por muitos, por supostamente incentivar o suicídio, ela ganhou o apoio do pastor Russell Moore, que é professor de teologia e atual presidente da Comissão de Ética e Liberdade Religiosa da Convenção Batista do Sul, a maior denominação norte-americana.
Ele está exortando os pastores de jovens e, de modo geral, os cristãos que tem filhos adolescentes que abordem em suas igrejas e lares as perguntas levantadas pela série. Apesar de não recomendar que os adolescentes cristãos assistam, pelo fato do seriado defender questões que conflitam com a Bíblia, como sexo livre e relações homossexuais, ele acredita que o assunto principal não recebe atenção das igrejas.

“Se a série mostra alguma coisa, é que há várias razões por trás da decisão de alguém se matar”, escreveu ele em texto reproduzido pelo Gospel Herald.

“Talvez esta controvérsia leve os amigos, os pais e os pastores de jovens a falarem sobre o suicídio, sinalizando de algum modo aos que estão pensando nisso que eles não estão sozinhos nem serão julgados se procurarem ajuda. Talvez faça com que pais ou amigos de adolescentes comecem a falar sobre como agir quando alguém começar a mostrar “razões” para o desespero, podendo compartilhar os fardos com aqueles que precisam ser apoiados”.

Lembrou também que os cristãos não estão imunes à depressão. Moore destaca que a igreja deveria estar melhor preparada para oferecer apoio a um problema que só cresce, a depressão. “Podemos ser o tipo de igreja que fala de vida e esperança para aqueles – de dentro ou de fora dela – que veem a morte como sua única saída”, pediu.

“Os jovens suicidas não são loucos, nem algo ‘raro’”, destacou, lembrando que “podem ser nossos irmãos e irmãs, nossos filhos e filhas que, como todos nós, têm dificuldade em ver as coisas com clareza em algum momento”.

A série da Netflix é baseada no romance homônimo escrito por Jay Asher e publicado em 2007. A obra foi um sucesso e ficou em primeiro lugar na lista de best-sellers do New York Times, em 2011.

Os 13 porquês conta a história de Clay (Dylan Minnette), um rapaz que sofre pela morte de Hannah Baker (Katherine Langford), colega de escola por quem estava apaixonado. Hannah cometeu suicídio, mas deixou um registro sobre as pessoas que influenciaram sua decisão.
Aumento de suicídio no Brasil

O assunto é uma preocupação no mundo todo. Dados divulgados este mês pela BBC mostram que, entre 1980 e 2014, a taxa de suicídio entre jovens de 15 a 29 anos aumentou 27,2% no Brasil.

De fato, a depressão está aumentando em toda a população, inclusive entre os mais jovens. A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta o Brasil como o país campeão mundial do transtorno de ansiedade. Além disso, somos o quinto em número de pessoas com depressão. Aproximadamente 11,5 milhões de brasileiros sofrem com isso regularmente.

O assunto está em “alta”. As buscas pela palavra “suicídio” no Google Brasil aumentaram 100% na terceira semana de abril, em comparação com o mesmo período de 2015. Também foi registrado um aumento repentino na procura por expressões como “suicídio indolor” e “suicídio rápido”.

Nos últimos meses, além do lançamento no país da série 13 Reasons Why, abril também marcou notícias sobre suicídios consumados e tentados que teriam relação com o jogo virtual chamado Baleia Azul, o qual estaria induzindo adolescentes a automutilações e ao suicídio.

Houve casos registrados em diferentes Estados do país, como Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraíba.

Autor: Jarbas Aragão

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