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Fé operosa, evidência da eterna eleição.

Hernandes Dias Lopes

A doutrina da eleição não foi criada por nenhum concílio eclesiástico, mas revelada por Deus em sua palavra. Não é produto da investigação humana, mas do decreto divino. A eleição é eterna e incondicional. Deus nos escolheu antes da fundação do mundo e escolheu-nos sem levar em conta qualquer suposto mérito humano. Deus nos escolheu não por causa da nossa fé, mas para a fé. A fé não é a causa da eleição, mas o seu resultado. Deus escolheu-nos não por causa da nossa santidade, mas para sermos santos e irrepreensíveis, de tal forma que a santidade não é a causa, mas a evidência da eleição. Deus escolheu-nos não por causa das nossas boas obras, mas para as boas obras, de tal forma que as boas obras não são a causa, mas a evidência da eleição.
A eleição feita no céu precisa ser confirmada na terra. A eleição decretada na eternidade precisa ser evidenciada na história. O mesmo Deus que decreta o fim, ou seja, a nossa salvação; determina, também, os meios, ou seja, Deus nos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade. A prova que uma pessoa é eleita é se ela vive em santidade e se sua fé está firmada na verdade. Deus não nos chamou para a impureza, e sim, em santificação. Deus nos salvou não no pecado, mas do pecado. Deus nos criou em Cristo Jesus não para o comodismo, mas para as boas obras. Importa-nos confirmar nossa eleição.

Paulo, escrevendo aos crentes de Tessalônica, disse que a eleição deles era reconhecida por três evidências (1Ts 1.3,4):

Em primeiro lugar, a operosidade da fé. “Dando, sempre, graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações, recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé…” (1Ts 1.3). Uma fé operosa fala mais alto do que qualquer discurso teológico. Fé operosa não é apenas um assentimento intelectual a uma verdade bíblia. Fé operosa não é apenas uma confiança passageira num momento de necessidade. Fé operosa traduz em ação o que se crê. Fé operosa transforma em prática o que se acredita. Fé sem ação é fé morta. Fé sem obras é fé espúria. Quem crê, vive o que crê.

Em segundo lugar, a abnegação do amor. “… da abnegação do vosso amor…” (1Ts 1.3). O amor é a prova irrefutável de uma vida transformada. Quem ama vive na luz. Quem ama é nascido de Deus. Quem ama prova sua eleição. O amor é um argumento irresistível. Evidenciamos aos olhos do mundo que somos eleitos de Deus e discípulos de Cristo quando amamos uns aos outros como Cristo nos amou. O amor é a apologética final. As palavras dos nossos lábios precisam ser referendadas pelas obras de nossas mãos. Nossos atos são o avalista das nossas palavras. Não somos aquilo que falamos, mas aquilo que fazemos. O amor não consiste apenas de palavras, mas, sobretudo, de atitudes. Quem ama, age. O amor deve ser abnegado e sacrificial. Assim como Deus nos amou e deu-nos seu Filho; devemos, também, amar e dar a nossa vida pelos nossos irmãos.

Em terceiro lugar, a firmeza da esperança. “… e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, reconhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição” (1Ts 1.3,4). A eleição é comprovada pela fé operosa, pelo amor abnegado e pela firme esperança. Os eleitos de Deus são aqueles que são chamados eficazmente, justificados legalmente e glorificados seguramente. Os eleitos são aqueles que perseveram até o fim, mantendo os olhos fitos no autor e consumador da fé, cruzando todos os mares revoltos da vida, alimentados por uma firme esperança. Essa esperança é viva e gloriosa. É a esperança da volta poderosa de Jesus, da ressurreição dos mortos, da reunião dos remidos nos ares e da bem-aventurança eterna. Você é um eleito de Deus? Você está confirmando sua eleição? Tem evidências de sua eterna salvação?

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