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O incômodo da tentação.



Tentação é o convite quase diário feito pela pecaminosidade latente, pelas circunstâncias e circunstantes, pela cultura secular e mundana e pelas potestades do ar. A tentação é uma experiência muito desagradável que dura a vida inteira, com possíveis intervalos de curta duração. O Evangelho de Lucas registra que o diabo, depois de “tentar Jesus de todas as maneiras, foi embora por algum tempo”, esperando outra oportunidade (Lc 4.13).
Até mesmo as pessoas desprovidas de temor a Deus são tentadas a fazer alguma coisa que contraria os seus escassos princípios e que põe em risco sua reputação. Por conhecerem e levarem a sério o significado da palavra “pecado”, os cristãos estão mais conscientes de que são tentados.


A tentação provoca um sério atrito entre a boa, agradável e perfeita vontade de Deus e a vontade do pecado. Uma oferece resistência à outra. A pessoa cai em pecado quando sacrifica a vontade de Deus para realizar a vontade que naquele momento toma conta de si. Ao ver “uma mulher muito bonita tomando banho” (2Sm 11.2), o rei Davi passou por cima de tudo e fez a vontade da tentação. “As pessoas são tentadas quando são atraídas e enganadas pelos seus próprios maus desejos” -- ensina a Epístola de Tiago (1.14).



A tentação pode ser uma mera sugestão interna (que procede da carne), externa (que procede do ambiente) ou etérea (que procede das forças espirituais do mal que vivem nas alturas). A tentação mais apavorante e furiosa é a tentação absurda. Satanás, por exemplo, teve a coragem de mostrar toda a glória do mundo a Jesus e dizer-lhe em seguida: “Eu lhe darei tudo isso se você se ajoelhar e me adorar” (Lc 4.7). Outra tentação absurda é a daquele noivo que se manteve casto a vida inteira e que, na véspera de seu casamento, teve uma vontade enorme de procurar uma prostituta. O terceiro exemplo de tentação absurda é mencionado por Mark R. Talbot, professor de filosofia de um renomado seminário americano. Trata-se de certo criterioso seguidor de Cristo, pai e esposo amoroso que, de repente, é atacado por uma tentação terrível de abusar sexualmente de um de seus filhos. Arrancar uma árvore do mato, levá-la para casa, fazer uma imagem com a madeira e depois curvar-se diante dela em adoração é o mais ridículo dos absurdos, cometido várias vezes pelo povo eleito (Is 44.9-20).



A tentação é exposta, mas nunca é imposta. Negar-se a si mesmo dia após dia, principalmente na hora da tentação, é a única maneira de não ceder ao convite pecaminoso. Foi Jesus quem disse isto: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me” (Lc 9.23). Não há mistério algum: negar-se a si próprio é dizer um corajoso e persistente não aos desejos provenientes da tentação. Por quantas vezes? Todas as vezes que forem necessárias e sem a menor perda de tempo. Quanto mais se demora a dizer não, mais difícil torna-se a vitória sobre a tentação. A pessoa tentada precisa ser humilde e admitir que não é fácil vencer a tentação. Ela precisa de forças que vêm de cima e de domínio próprio (Gl 5.22-23).



Os dois exemplos mais notáveis de negar-se a si mesmo são o de José do Egito e o de Jesus. Dia após dia, a mulher de Potifar convidava o mordomo de seu marido a deitar-se com ela, e, dia após dia, o jovem se recusava, sob a alegação de que não poderia pecar contra Deus nem contra o marido dela (Gn 39.6-12). No Getsêmani, Jesus teve uma vontade enorme de não beber o cálice da salvação, mas cada vez que pedia isso ao Pai, ele acrescentava: “Não seja como eu quero, mas sim como tu queres” (Mt 26.39).



Na oração dominical, Jesus nos ensina a pedir: “Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal” (Mt 6.13).

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