Na carta escrita aos Colossenses, o apóstolo Paulo, no capítulo 4, faz alguns pedidos de oração. Ele diz:
“ Perseverai na oração, velando nela com ações de graça. Orai também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual estou preso. Orai para que o manifeste como devo fazer.” Cl 4:2-4
Interessante observar que no verso 4, ele pede para que os irmãos Colossenses orem por ele, para que Deus lhe revele, a forma com que ele deve fazer para, uma vez aberta a porta, pregar a palavra.
Percebemos aqui um dos grandes segredos desse ministério fantástico do Apóstolo Paulo, que escreveu a maior parte do Novo Testamento: a sua dependência de Deus.
Paulo poderia muito bem adotar uma postura diferente. Ele já tinha muita experiência com Deus, já havia pregado em vários lugares, para várias pessoas, em diferentes tipos de situação.
Ele poderia muito bem ter pensado: bom, já conheço a forma de Deus agir. Conheço sua Palavra. Conheço como funciona a natureza humana. Já sei como pregar.
Mas não. Vemos nesse texto que Paulo se coloca diante de Deus, pedindo, clamando, para que Deus lhe mostre, lhe revele, lhe dê uma direção de como pregar a palavra naquele momento específico em que estava vivendo. Paulo pede que Deus lhe diga como Ele quer que a Sua Palavra seja levada. Ele quer que Deus lhe dê uma direção clara. Ele quer saber das estratégias de Deus. Ele quer ser guiado, nos mínimos detalhes, pelo Senhor. Esse é o segredo do sucesso de todo o ministério.
No entanto, nossa tendência, é achar que, por já estarmos há algum tempo servindo a Deus na igreja, nós já sabemos tudo. Já temos conhecimento o suficiente para agirmos de acordo com nossos projetos e estratégias. A gente traça os planos, os alvos, as metas, e pede a bênção do Senhor sobre eles.
Porém, o correto seria primeiro, buscarmos ao Senhor e pedirmos revelação do Seu querer para aquele momento em nossas vidas. O correto seria obter do Senhor, quais as metas que Ele quer traçar para determinado trabalho. Quais as estratégias que Ele quer que usemos. Qual o meio de comunicação, qual a forma de pregarmos, de ensinarmos, de nos aproximarmos das pessoas.
Às vezes até temos uma motivação de coração correta: queremos de fato fazer a obra do Senhor. Mas a obra é Dele. E precisamos desesperadamente, e constantemente, da Sua direção.
Jesus disse em João 15:5 - “ Eu sou a videira, vós sois os ramos. Se alguém permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; sem mim nada podeis fazer.”
Nós não podemos fazer nada sem o Senhor. Foi Ele mesmo que afirmou isso.
Se queremos realizar a obra de Deus, não podemos nunca presumir, em algum instante, que já sabemos como as coisas devem ser, que já temos o conhecimento e a experiência suficiente para ‘tocarmos’ a obra. Não. A partir do momento que achamos que já sabemos fazer a obra de Deus, aí passamos a agir por conta própria, como se não precisássemos mais Dele. Então caímos num terreno muito perigoso: fazer a obra de Deus de uma forma carnal, de acordo com nosso entendimento.
Mas uma coisa eu tenho aprendido: que cada dia tem o seu próprio mal. Cada dia temos situações diferentes, com pessoas diferentes. E não temos uma fórmula para todas as coisas.
Por isso, precisamos mais do que nunca do Senhor. Ele sabe todas as coisas, e conhece todas as pessoas.
A obra é Dele. E a vontade perfeita é a Dele, não a nossa.
Que Deus não permita que o nosso coração se torne presunçoso. Antes, que possamos seguir o exemplo do apóstolo Paulo, e com humildade de coração, sermos cada dia mais dependentes de Deus, pedindo sua direção e revelação para cada detalhe, cada área da nossa vida, e da Sua obra.
Eu não sei da sua vida. Mas sobre a minha, eu digo: preciso cada vez mais do Senhor.
Deus te abençoe.
Fonte: Web Evangelista
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