TEXTO ÁUREO
“Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou
a sua voz, e disse-lhes: Varões judeus, e todos os que habitais em
Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras” (At
2.14)
VERDADE PRÁTICA
O segredo da permanência do poder pentecostal, que recebemos, é dar plena liberdade ao Espírito Santo, sobre as nossas vidas.
TEXTO BÍBLIC0 BÁSICO
At 3.14-24
INTRODUÇÃO
Antes de falarmos de Pedro como pregador do
Pentecoste, que e o assunto principal desta lição, falaremos um pouco de
sua vida, sua conversão e sua experiência com Deus. Sua chamada para o
ministério apostólico se deu quando ele estava em plena atividade de sua
profissão de pescador (Mt 4.18-22).
Pedro era irmão de André6 e filho de um certo Jonas
(Mt 16.17), e natural de Betsaida (Jo 1.44). Era casado (Mt 8.14), e
não se apartava de sua esposa, nem mesmo cm suas viagens missionárias (1
Co 9.5). Seu nome de nascimento era Simão. Quando, porém, Jesus o
chamou para se integrar em seu ministério, como um dos seus apóstolos,
mudou o seu nome chamando-o de Pedro (Mt 16.18). Pedro, em grego,
significa pedra; e Simão é forma abreviada de Simeão, que significa
“famoso”. Os escritores católicos romanos, para defenderem a primazia de
Pedro, como papa, dizem que ele residiu em Roma por 25 anos, de 42-67
a.D. Outros, no entanto, negam essa opinião. Uma terceira versão admite
que Pedro esteve algum tempo em Roma e que, nesse período, escreveu suas
epístolas. Esta opinião é mais correta.
I. PEDRO BUSCA O PENTECOSTE
Antes do Pentecoste, Pedro participou dos grandes e
maravilhosos momentos junto com Jesus. Assistiu a ressurreição do filho
de Jairo (Lc 8.51). Participou da reunião da transfiguração (Mt 17); do
milagre da moeda tirada da boca do peixe, pescado por ele (Mt 17.27).
Teve o privil6gio de ter os seus p6s lavados por Jesus (Jo 13.6-10).
Ouviu a voz de Deus falando com Seu filho Jesus Cristo (Me 9.2-3). Não
obstante, cortou a orelha de Malco (Jo 18.10,11); negou a Cristo,
vergonhosamente, diante de uma criada (Mc 14.68). Assistiu a ascensão do
Senhor (At 1.11-13). Após a ressurreição, Jesus ordenou que ele fosse
para Galiléia onde se encontraria com ele (Me 16.7). No entanto ele foi
pescar, voltando à profissão antiga, levando também outros companheiros
(Jo 21.3). Para apascentar o Seu rebanho, Jesus exigiu que ele se
convertesse (Jo 21.15). Pregou o primeiro sermão para a escolha do
substituto de Judas (At 1.15-17). Foi este homem, cheio de falhas, que
se tomou no grande pregador do pentecoste.
1. Pedro busca o batismo com Espírito Santo.
Não é possível ser um bom pregador pentecostal, sem, antes haver
recebido o batismo com o Espírito Santo. Pedro ouviu Jesus, não somente
pregar, mas, ensinar, doutrinar, acerca do batismo com o Espírito Santo
(Lc 24.49; At 1.4,5,8). Após a ascensão do Senhor Jesus, Pedro e os
demais apóstolos foram para o Cenáculo buscar a promessa do Pai (At 1.
13,14). Foi um período de dez dias de oração, que começou depois da
ascensão (quarenta dias depois da ressurreição (At 1,3), e durou ate o
dia de Pentecoste (cinqüenta dias depois da ressurreição (At 2.1).
O alvo da oração era receber o batismo com o
Espírito Santo, conforme a promessa de Jesus (Lc 24.49). Devemos pedir
aquilo que desejamos, com objetividade, assim como os apóstolos e os
demais que com eles estavam no Cenáculo. Devemos pedir aquilo que Deus
prometeu ou promete. Elias pediu o que Deus havia prometido (1 Rs
18.1,41¬46). Moisés orou quarenta dias, pedindo aquilo que mais
desejava, e obteve a resposta (Dt 9.25,26).
2. Pedro recebe a promessa (At 1.13,14;2.1-4).
“Todos foram cheios do Espírito Santo”, inclusive Pedro. Não ficaram
ocupados com discussões estéreis, se Jesus realmente batizava ou não,
nem expressaram dúvidas sobre se esta benção era para aquele tempo ou
para mais tarde. Pelo contrário, creram na promessa de Jesus e ficaram
orando. Assim resolveram o problema. Por que não fazemos o mesmo nos
dias de hoje? Muitos ficam discutindo o assunto, outros ficam querendo
ensinar, ou estabelecer regras para se receber o batismo com Espírito
Santo. A melhor regra é a que está escrita na Palavra de Deus. É entrar
no “cenáculo” e pedir, suplicar, até que seja revestido de poder (At
1.13,14; Lc 24.49). Muitos , hoje, não são batizados, porque não querem
“subir ao cenáculo” uns dizem que querem quando Jesus quiser; outros,
ainda, mais pessimistas, dizem: “eu não mereço”. Devemos crer nas
promessas do Senhor e fazer conforme Ele ordena: “Pedi, pedi” (Mt 7.8).
Você, sendo batizado com o Espírito Santo, terá
melhor e maior condição de ensinar, de pregar e de testemunhar acerca do
Pentecoste, assim como fez Pedro (At 2.14-18).
3. Pedro fala as multidões.
Pedro, agora, cheio do Espírito Santo, tinha convicção, ousadia, por
isso, “Pondo-se em pé, levantou a sua voz” (At 2.14). O crente cheio do
Espírito Santo não fica sentado, calado e amedrontado, diante dos
ouvintes; mas fala com poder e ousadia as multidões.
Oito anos depois, Pedro, diante dos irmãos em
Jerusalém, defendendo-se das acusações dos legalistas, por ele haver
pregado aos gentios, disse: “Quando eu comecei a falar caiu o Espírito Santo,
como a nós no princípio”, referindo-se ao dia de Pentecoste (At 11.15),
quando ele e os demais foram batizados com o Espírito Santo. Sejamos
pentecostais semelhante a Pedro.
II. O DISCURSO DE PEDRO NO PENTECOSTE
O batismo com o Espírito Santo, conforme aconteceu
no dia de Pentecoste, quando todos os que o receberam davam glória a
Deus, falavam línguas e profetizavam, maravilhando o povo (At 2.6,7), e
normal nos dias de hoje.
Foi necessário que Pedro se levantasse e explicasse
ao povo, o que estava acontecendo naquele dia (At 2.16). Citando as
Escrituras ele disse que o batismo com o Espírito Santo esta vinculado
aos “últimos dias”. Cremos e ensinamos que esses “últimos dias” se
iniciaram com a vinda de Jesus a este mundo (Hb 1.2) e se prolongará ate
o fim dos séculos, incluindo vários “dias proféticos”, como o dia do
Senhor Jesus Cristo” (Fp 1.6;1 Co 1.8), que é o dia do arrebatamento da
Igreja, e o chamado “Dia do Senhor” (1 Ts 5.2-4; 2 Pe 3.10), que será o
dia do juízo de Deus sobre os ímpios.
1. “Estes homens não estão embriagados”(2.15).
Muitas mentiras, muitas calúnias, tem sido lançadas sobre os
evangélicos através dos tempos, especialmente os das Assembléias de
Deus, que foram pioneiros do movimento pentecostal neste País. Vemos ai a
primeira mentira contra os primitivos pentecostais: “estão cheios de
mosto”. Foram chamados de beberrões de vinho! Quantos irmãos
pentecostais tem sofrido com as calúnias, ate mesmo daqueles que se
dizem crentes em Cristo. A esposa de Davi, a filha de Saul, censurou o
seu esposo, quando este estava cheio do Espírito Santo (2
Sm 6.14), chamando-o de vadio (2 Sm 6.16,20). Precisamos conhecer bem a
Palavra de Deus, para responder aqueles que nos acusam.
2. “Não é assim como vós pensais”(2.15).
Alguns dizem que Pedro era analfabeto, sem cultura, “sem letras e
indouto” (At 4.13). Não é bem assim. Cremos que Pedro, antes de ser
apóstolo era homem “sem letras”; mas duvidamos que depois de passar mais
de três anos ouvindo e aprendendo aos pés do Mestre dos mestres, Pedro
continuasse indouto. Na verdade, Pedro tornou-se um homem de
conhecimentos profundos. De outro modo, como um homem sem letras teria
tido condições de escrever coisas tão sabias, tão profundas (1 Pe
3.19-22; 2 Pe 3.15,16). A Igreja e a Escola Dominical precisam de
pregadores e mestres pentecostais que vivam, preguem e ensinem sob a
inspiração de Espírito Santo; e que usem o nome Pentecostal, não apenas
como “bandeira”, mas como realidade, tal como usava o personagem desta
lição, o apóstolo Pedro.
III. PEDRO EXPLICA O DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO SANTO
Em seu discurso, Pedro explica que esta bênção
viria “sobre toda a carne” (At 2.17), isto é, dos que crêem em Jesus.
Apesar de ser oferecida a todos, nem todos a recebem, uns porque não
crêem, outros porque não buscam, outros, ainda, porque não desejam. Não
obstante, a promessa é para todos. Para todas as igrejas, para todos os
crentes, “para todos quantos Deus nosso Senhor chamar” (At 2.39). Você
foi chamado por Deus? Então creia, o Pentecoste e para você também.
1. A promessa do batismo com o Espírito Santo.
“Sobre meus servos e minhas servas” (2.18). Pedro, citando as profecias
de Joel, diz que o derramamento do Espírito Santo é sem distinção de
classe social, sexo, ou idade. A promessa do derramamento do Espírito e
de abrangência universal. É para tantos quantos o Senhor chamar. Não
importa que sejam “senhores” ou “servos”, isto é, nobres ou plebeus,
sábios ou indoutos, ricos ou pobres, crianças, jovens ou velhos. Cremos
que o batismo com Espírito Santo é uma benção subseqüente a salvação,
diferente do batismo nas águas. O batismo em Águas é feito pelo homem em
obediência ao mandamento do Senhor Jesus (Mt 28.19,20), e o batismo com
o Espírito Santo é efetuado pelo Senhor, de conformidade
com as Suas promessas (Lc 24.49; At 1.5). Os apóstolos em Jerusalém
enviaram Pedro e Joao a Samaria, a fim de que orassem pelos que criam no
Evangelho, para que estes recebessem o Espírito Santo. Foi por isso que
também o apóstolo Paulo perguntou aos novos convertidos de Éfeso, se
eles já o haviam recebido (At 19.1-3). Como a resposta foi negativa,
Paulo orou e eles foram batizados com o Espírito Santo.
2. A abrangência da promessa.
O
Pentecoste muda, transforma, levanta, encoraja e aviva. Aquele Pedro,
que dias antes, tremera diante de uma criada, negando o seu Mestre,
agora, batizado com O Espírito Santo, põe-se de pé e fala com ousadia,
dizendo: “Escutai as minhas palavras”(At 2.14); “Isto é o que foi dito
pelo profeta Joel” (At 2.16; JL 2.28-32). Gerações passaram, desde o
profeta Joel, sem ver o cumprimento desta profecia. Profetas, reis e
sacerdotes foram, em ocasiões especiais, revestidos pelo Espírito Santo
(Nm 11.25; Dt 34.9; Jz 6.34; 11.29; 14.6; 1 Sm 16.13). Mas nunca, antes,
o Espírito foi derramado, como no dia de Pentecoste. O Pentecoste foi o
início de uma nova era ou dispensação, ou ministério do Espírito (2 Co
3.8). Pedro se refere a uma época (aos “últimos dias” v. 17),que começou
no dia de Pentecoste e só terminará com “O grande dia do Senhor”.
O Pentecoste, portanto, não é apenas um fato
histórico e transitório, restrito a uma época, ele é permanente, é
receptível, e é “para tantos quantos nosso Senhor chamar” (2.39). O
Pentecoste foi e sempre será acompanhado de milagres e poder
sobrenatural da parte de Deus. Pentecoste, sem milagres, sem poder, sem
cura divina, sem profecia, sem línguas estranhas, sem mudança de vida,
sem confissão e abandono de pecado, sem santidade não é Pentecoste. Sem o
Pentecoste a Igreja não teria o poder para evangelizar (At 1.8).
IV. O FRUTO DA MENSAGEM PENTECOSTAL
A mensagem Pentecostal é sempre ungida. Compunge os
corações e promove perguntas: “Que quer isto dizer?” Promove
arrependimento e conversão dos pecadores (2.41). No memorável dia de
Pentecoste, três mil almas creram em Jesus e foram batizadas em Águas,
como resultado da mensagem Pentecostal. Pela manhã, no cenáculo, 120
crentes foram batizados com Espírito Santo. Ao findar do dia, três mil
pessoas haviam sido salvas, batizadas em Águas e acrescentadas à Igreja
do Senhor.
A mensagem Pentecostal produz vida, convicção
doutrinária, milagres, amor pelas almas e pela igreja, e louvor. Onde há
Pentecoste, há louvores a Deus. Onde há Pentecoste, há salvação de
almas, curas divinas e batismo com Espírito Santo (2. 41-47). t
interessante notar que quando a Lei foi promulgada (Ex 32.28), três mil
pessoas foram mortas. Quando a Graça foi anunciada, na unção do Espírito
Santo, três mil pessoas foram salvas (At 2.41). Este é o fruto da
mensagem Pentecostal. Aleluia!
(Lição 7, de 18 de novembro 1990, comentada pelo Pr. José Apolônio da Silva).
Fonte:http://www.ebdweb.com.br/2007/08/27/pedro-o-pregador-do-pentecoste/
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